Constitui-se o mundo por pessoas. Individuais. Únicas. Olhando cada uma o que se passa à volta a partir da sua própria perspectiva, da sua própria humanidade, das suas circunstâncias.
Esta cada vez mais global aldeia só poderá ser compreendida assim, pela aprendizagem do que a todos nós é comum e do que em todos nós é diferente, pela troca de ideias, pela convivência.
Por não acreditar, de todo, na imparcialidade da Imprensa (a título de exemplo, 84% dos mais de 300 jornalistas questionados pelo instituto de sondagens France Opinion, em 1991, consideravam ter sido manipulados durante cobertura noticiosa da primeira guerra do Golfo) e por pensar que a ignorância e o desconhecimento só fazem o jogo dos impérios dissimuladamente dirigidos pelos grandes das indústrias químicas e de armamento, para quem o preço da dignidade humana é aquilo que se tem visto, tenho andado desde há cerca de um mês à procura de quem pensa como eu nos dois lados da guerra do Médio Oriente.
Essa gente existe, pensa, escreve, manifesta-se. Em toda a parte. Em Israel e no Líbano também.
Acontece que, nestes dois países, é agora vítima de um outro boicote - desde há uma semana, pelo menos, é impossível entrar em certas páginas sem que a ligação não seja súbita e estranhamente cortada.
Cheguei a pensar que pudesse ser mau funcionamento da rede devido à guerra, ou algo assim, mas depressa concluí que não - os cortes, nos dois lados, são suficientemente selectivos para se perceber que outras mãos operam na sombra.
Definitivamente, anda mesmo muita gente a trabalhar para impedir que o mundo se entenda!
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