... foi o lucro (estimado) da operação.
Foi assim:
1. Com o preço do barril do petróleo a atingir máximos históricos de dia para dia, o Probo Koala, petroleiro registado no Panamá e fretado pela empresa holandesa Trafigura Beheer, terá feito três carregamentos de 28.000 toneladas de nafta nos EUA durante os meses de Maio e Junho.

2. Acontece que o navio funcionava, de facto, como refinaria flutuante, e as mais de 70 mil toneladas de petróleo bruto foram ali transformadas em gasolina. O processo de refinação originou resíduos tóxicos vários, entre os quais mais de 72.000 quilos de derivados de enxofre.
3. O navio atracou em Amsterdam, onde foi tentada a descarga dos resíduos, mas a operação foi anulada e seguiu para Paldiski, na Estónia, para carregar outros produtos petrolíferos.
4. Zarpou então para a Nigéria onde, em Lagos, descarregou a gasolina refinada a bordo (a fraca qualidade e o elevado teor poluente do produto impedem a sua transacção no mercado europeu).
5. Restavam os resíduos tóxicos, que foram descarregados em Abidjan, Costa do Marfim, em meados de Agosto, em contentores distribuídos por uma dezena de sítios diferentes nos arredores da cidade [mapa].
6. Sete pessoas morreram, mais de 70 mil receberam tratamento médico, algumas dezenas estão internadas em hospitais.
7. Estão a decorrer inquéritos na Costa do Marfim, na Holanda e na Estónia, onde o Probo Koala se encontra arrestado à ordem do tribunal, acusado de ter tentado despejar clandestinamente no porto de Paldiski, ao qual entretanto regressara, águas de lavagem contendo produtos tóxicos.
8. A Trafigura Beheer diz que esta história é uma mentira.
PS - Desta vez até correu para torto, a história foi conhecida. Mas quantas semelhantes não terá o continente africano, todos os anos, para contar?
(Nota: a esperança média de vida, na Costa do Marfim, é de 45 anos para os homens e de 47 para as mulheres.)
Foi assim:
1. Com o preço do barril do petróleo a atingir máximos históricos de dia para dia, o Probo Koala, petroleiro registado no Panamá e fretado pela empresa holandesa Trafigura Beheer, terá feito três carregamentos de 28.000 toneladas de nafta nos EUA durante os meses de Maio e Junho.

2. Acontece que o navio funcionava, de facto, como refinaria flutuante, e as mais de 70 mil toneladas de petróleo bruto foram ali transformadas em gasolina. O processo de refinação originou resíduos tóxicos vários, entre os quais mais de 72.000 quilos de derivados de enxofre.
3. O navio atracou em Amsterdam, onde foi tentada a descarga dos resíduos, mas a operação foi anulada e seguiu para Paldiski, na Estónia, para carregar outros produtos petrolíferos.
4. Zarpou então para a Nigéria onde, em Lagos, descarregou a gasolina refinada a bordo (a fraca qualidade e o elevado teor poluente do produto impedem a sua transacção no mercado europeu).
5. Restavam os resíduos tóxicos, que foram descarregados em Abidjan, Costa do Marfim, em meados de Agosto, em contentores distribuídos por uma dezena de sítios diferentes nos arredores da cidade [mapa].
6. Sete pessoas morreram, mais de 70 mil receberam tratamento médico, algumas dezenas estão internadas em hospitais.
7. Estão a decorrer inquéritos na Costa do Marfim, na Holanda e na Estónia, onde o Probo Koala se encontra arrestado à ordem do tribunal, acusado de ter tentado despejar clandestinamente no porto de Paldiski, ao qual entretanto regressara, águas de lavagem contendo produtos tóxicos.
8. A Trafigura Beheer diz que esta história é uma mentira.
PS - Desta vez até correu para torto, a história foi conhecida. Mas quantas semelhantes não terá o continente africano, todos os anos, para contar?
(Nota: a esperança média de vida, na Costa do Marfim, é de 45 anos para os homens e de 47 para as mulheres.)
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