21.9.06

na franja do Gordon





Foi anteontem. Liguei a televisão e estava o velho Antímio de Azevedo a falar sobre a tempestade que era esperada nos Açores. A páginas tantas explicou que, com a mesma origem no Atlântico Sul, só conseguiu encontrar registo de um outro furacão, em 2003.
Será mais um dos efeitos do aquecimento global, e será portanto coveniente que a gente se habitue: é uma questão de tempo, eles estão para vir.

Entretanto também li que as alterações do clima estão a levar à extinção dos ciclamens, planta da Europa mediterrânica, região do globo cujo clima tradicional está muito perto de desaparecer - como ano após ano vamos tendo oportunidade de constatar pela evidência.

O crescente desequlíbrio ecológico do planeta tem levado, por outro lado, a que muitas doenças vão passando de outros hospedeiros para a espécie humana. Privados do seu habitat natural, os agentes infecciosos vão-se adaptando aos outros. As gripes aviárias serão só um exemplo.

Considerações à parte, uma franja do Gordon passou por aqui.


Veio meio de mansinho, pela noite, quase ninguém o ouviu. Para darmos com um cenário de ramos de árvores partidos e contentores do lixo à solta pelas ruas mal o dia amanheceu.

Depois amainou e ao fim da tarde - como quem se despede? - voltou a dar um ar da sua graça. Com a mais-valia de um longo e mágico movimento pela luz.

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