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«We in academic medicine can either choose to use our ideas to make large sums of money for small numbers of people, or to look outwards to the global community and make affordable medicines».
«We in academic medicine can either choose to use our ideas to make large sums of money for small numbers of people, or to look outwards to the global community and make affordable medicines».
Professor Sunil Shaunak
Imperial College London
Imperial College London
Um grupo de investigadores britânicos conseguiu reformular um medicamento para a hepatite C e registar a patente. Pretendem vir entrar no mercado à margem das multinacionais farmacêuticas, apostando na produção deste e de outros medicamentos reformulados, comercializados a preços inferiores. Apelam à comunidade científica para que deixe de lhes vender as suas ideias. [BBC News]
Será que lá chegam? Conseguirão eles demonstrar que não é necessário depender dessas tentaculares empresas para a evolução do conhecimento científico ter aplicabilidade prática no mundo? Conseguiremos nós então perceber que o que pagamos a mais só serve para engordar os lucros de gigantes como a Roche, a Bayer e afins e exigir aos governantes que deixem de lhes fazer o jogo?
(Trabalhar na área da Saúde deu-me, ao longo dos anos, uma pequena noção dos inacreditáveis montantes quotidianamente envolvidos nestas coisas. E olhar para o mundo, a noção de como elas são complexas, ardilosas: verdadeiras mafias imperando à escala do planeta).
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2 comentários:
Mas eles registaram a patente? Não deviam não ter registado para que qualquer um pudesse fabricar o fármaco?
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Caro Jaime,
Se não a tivessem registado, qualquer um poderia vir a fazê-lo, a começar pelas multinacionais famacêuticas, tão interessadas em aniquilar a concorrência independente e tão incomodadas com o que pode vir a acontecer.
O processo ainda é longo - a 'nova' droga terá que ser devidamente testada e autorizada, o que leva alguns anos.
Quanto a mim, questiono sobretudo que se abordem estas questões sempre com o argumento dos países do 3º mundo, como se fosse normal e legítimo gastar o dinheiro dos nossos impostos a engordar os senhores da Roche (neste caso), a quem há 10 anos pagávamos cerca de 35€ por cada dose de uma terapêutica que dura uma média de ano e meio.
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