29.11.07

portugal, 1967

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O meu país, no ano em que eu nasci.

A minha memória começa uns anos depois, mas não difere do ambiente do filme: é-me difícil transmitir a sensação de cinzento (nas pessoas, nas cidades, nos costumes) que acompanha o que recordo dos primeiros anos de infância.

[Com o cheiro a Natal, vinham as intermináveis sequências de combatentes no Ultramar a desejar boas-festas na televisão: «Adeus e até ao meu regresso».

No 10 de Junho, condecoravam-se os mortos e estropiados.

Um dia percebi: eu em pânico, não fossem eles lembrar-se de chamar o meu pai 'para soldadinho'...]




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