12.2.08

sharia

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A história anda nos jornais há uns dias, e desde o primeiro minuto tive a sensação de que algo não batia certo. Francamente, parece um bocado absurdo um chefe da Igreja Anglicana defender a existência de tribunais religiosos islâmicos em qualquer parte do mundo, quanto mais no Reino Unido.

Afinal não contaram tudo.

Os tribunais islâmicos existem em território britânico desde 1982, em paralelo com a Justiça oficial do reino. Serão uma espécie de tribunais arbitrais - qualquer um pode recorrer a um juízo comum sempre que queira - que regulam sobretudo questões como acordos de divórcio e custódia de crianças, negócios e afins. Também existem tribunais hebraicos. Claro que prevalece sempre a lei geral, mas muitas vezes as partes preferem recorrer a mediações mais de acordo com os seus costumes tradicionais.

Rowan Williams limita-se a defender a sua existência por constatar que são muito mais eficazes quanto à efectiva aceitação das decisões pelos membros das respectivas comunidades. E a achar que são fundamentais para a pacificação social.

Vistas as coisas em contexto, tem outro sentido. Mas sem contexto vende mais...

«'Banglatown', au coeur de Londres, défend les tribunaux islamiques», Le Monde
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