a
quer eu queira
quer não queira
esta cidade
há-de ser uma fronteira
e a verdade
cada vez menos
cada vez menos
verdadeira
quer eu queira
quer não queira
no meio desta liberdade
filhos da puta
sem razão
e sem sentido
no meio da rua
escura, fria e bruta
eu luto sempre
do outro lado da luta
a polícia já tem meu nome
minha foto está no ficheiro
porque eu não me rendo
porque eu não me rendo
nem por dinheiro
nem por dinheiro
e como sou
e quero ser sempre assim
um rio que corre
sem princípio nem fim
o poder podre
dos homens normais
está a tentar
dar cabo de mim
cabo de mim
(Xutos e Pontapés, transcrição livre e de memória)
a
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário