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1. O que faz um jornalista? Essencialmente conta histórias. Em que difere dos outros cidadãos? No facto de fazer vida disso, geralmete inserido numa estrutura funcional que centraliza e distribui a corrente de material informativo.
2. A missão da comunicação social é a de informar, sim senhor, mas de informar esclarecidamente. O que pressupõe a necessidade de conhecer o contexto dos assuntos que são notícia, mas também a capacidade de o transmitir ao cidadão comum, não a meia dúzia de esclarecidos.
3. Uma informação, qualquer que seja, só chega a uma Redacção quando alguém tem nisso interesse. A primeira obrigação de um jornalista é tentar ir deslindando o que está em jogo, saber em que terrenos se vai movendo, perceber as tentativas de manipulação que andam sempre presentes. Não é andar à cata de fazer bonitos nem ser moço de recados.
4. Uma Informação que não reflecte sobre si própria não consegue defender-se face à complexidade das circunstâncias com que se defronta. É manipulável. E de facto manipulada. Sem que sejam sequer necessárias interferências directas.
PS - Num órgão de Comunicação Social há uma hierarquia editorial co-responsável pelo que se publica. Há diferentes intervenientes no processo, portanto mais discussão sobre as matérias em análise - de onde decorre, obviamente, um potencial de trabalho com maior consistência.
Esta a diferença entre blogs e jornais, bloggers e jornalistas: a estrutura, não a substância. Porque a substância, aqui, é apenas a realidade à nossa volta, e essa nunca foi prerrogativa de ninguém.
(Agora, um blog não deixa de ser uma forma de comunicação social...)
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1. O que faz um jornalista? Essencialmente conta histórias. Em que difere dos outros cidadãos? No facto de fazer vida disso, geralmete inserido numa estrutura funcional que centraliza e distribui a corrente de material informativo.
2. A missão da comunicação social é a de informar, sim senhor, mas de informar esclarecidamente. O que pressupõe a necessidade de conhecer o contexto dos assuntos que são notícia, mas também a capacidade de o transmitir ao cidadão comum, não a meia dúzia de esclarecidos.
3. Uma informação, qualquer que seja, só chega a uma Redacção quando alguém tem nisso interesse. A primeira obrigação de um jornalista é tentar ir deslindando o que está em jogo, saber em que terrenos se vai movendo, perceber as tentativas de manipulação que andam sempre presentes. Não é andar à cata de fazer bonitos nem ser moço de recados.
4. Uma Informação que não reflecte sobre si própria não consegue defender-se face à complexidade das circunstâncias com que se defronta. É manipulável. E de facto manipulada. Sem que sejam sequer necessárias interferências directas.
PS - Num órgão de Comunicação Social há uma hierarquia editorial co-responsável pelo que se publica. Há diferentes intervenientes no processo, portanto mais discussão sobre as matérias em análise - de onde decorre, obviamente, um potencial de trabalho com maior consistência.
Esta a diferença entre blogs e jornais, bloggers e jornalistas: a estrutura, não a substância. Porque a substância, aqui, é apenas a realidade à nossa volta, e essa nunca foi prerrogativa de ninguém.
(Agora, um blog não deixa de ser uma forma de comunicação social...)
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2 comentários:
É mais ou menos isso, porque a prática está sempre cheia de forças laterais que condicionam a aplicação da teoria. Somos pessoas como as outras, a tentar ganhar dinheiro para pagar as contas, com a diferença de sermos escrutinados permanentemente, apoucados facilmente e bajulados frequentemente (conforme as circunstâncias). O que os jornalistas fazem é muito importante, mas isso não é suficiente para os tornar individualmente importantes. Mas muitos há que não compreendem isso, o que não facilita nada as coisas.
E a prática não serve também para aprimorar as formas de ir concretizando a teoria?
Claro que tudo na vida são soluções de compromisso (& claro que os jornalistas não são super-homens). E a qualidade da Informação não depende só do seu trabalho, obviamente.
O que me parece é que, no seio da classe, falta muita reflexão sobre os factores internos que contribuem para o processo de perda de qualidade geral.
E que, sendo também uma profissão de desgaste rápido (não tenho grandes dúvidas quanto a isso), sobram necessidades de protagonismo.
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