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- Iggy, you call me Iggy.
- Look, I'm sorry I'm late, Jim.
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15.3.08
23.2.08
one from the heart
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«Tudo é de novo belo, a noite serenou, podes voltar. Este filme apagará o tempo que melodias mesquinhas mastigaram todo o dia; queima o quotidiano ramerrão, a irritante porção de degraus que há a subir sempre que a casa se torna; electriza o interruptor da luz, totalmente pespegado sempre no mesmo lugar, sem que aventura o mova. Este filme é a noite em que as fadas e os sheiks se postaram sedutores no limiar da porta, e com dedos curvos e macios acenavam, dizendo 'vem daí'
Então as estrelas rebolaram em cascata, por outra nova vez alumiado. Os homens da luz néon trabalharam todo o dia para enfeitar a festa com azuis constelações, ou rosa, ou verdes. O próprio chão, que era de vidro branco, ardia no fervor dos nossos pés dançantes. O coração, senhores!, empoleirado na garganta espiava aquele barulho onírico de encontros milagrosos e de promessas sinceramente eternas - com o terno e pueril prazo de valia duma única noite enxaguada pela brisa do alvor.»
Jorge Colombo
Francis Ford Coppola há-de ter metido pelo menos dois ácidos na vida. Do primeiro, saiu «Apocalypse Now», do segundo «One From The Heart».
O texto do Jorge Colombo foi publicado no «Expresso», por alturas da estreia nacional do filme (1983?).
A música é de Tom Waits.
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«Tudo é de novo belo, a noite serenou, podes voltar. Este filme apagará o tempo que melodias mesquinhas mastigaram todo o dia; queima o quotidiano ramerrão, a irritante porção de degraus que há a subir sempre que a casa se torna; electriza o interruptor da luz, totalmente pespegado sempre no mesmo lugar, sem que aventura o mova. Este filme é a noite em que as fadas e os sheiks se postaram sedutores no limiar da porta, e com dedos curvos e macios acenavam, dizendo 'vem daí'
Então as estrelas rebolaram em cascata, por outra nova vez alumiado. Os homens da luz néon trabalharam todo o dia para enfeitar a festa com azuis constelações, ou rosa, ou verdes. O próprio chão, que era de vidro branco, ardia no fervor dos nossos pés dançantes. O coração, senhores!, empoleirado na garganta espiava aquele barulho onírico de encontros milagrosos e de promessas sinceramente eternas - com o terno e pueril prazo de valia duma única noite enxaguada pela brisa do alvor.»
Jorge Colombo
Francis Ford Coppola há-de ter metido pelo menos dois ácidos na vida. Do primeiro, saiu «Apocalypse Now», do segundo «One From The Heart».
O texto do Jorge Colombo foi publicado no «Expresso», por alturas da estreia nacional do filme (1983?).
A música é de Tom Waits.
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28.1.08
gangs of new york
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Acabei de ver «Gangs of New York» e não pode deixar de me vir à memória um trabalho que fiz num curso de Língua Inglesa, há alguns anos, em que nos foi proposta a redacção de uma crítica de cinema, por acaso uns dias depois de eu ter visto «Aviador»:
«The weird thing about this film is that it makes us travel along a few years of Howard Hughes' life guided by an absolutely brilliant eye – Scorcese's awkward art for showing genius and insinuating insanity is totally perceived only towards the end – with the constant opposition of the actor in the leading role, as Di Caprio is unable to reveal enough intensity to be convincing playing such a troubled mind.
Aware of what he was dealing with, Scorcese did a very good job trying to hide Di Caprio's lack of hability behind camera movements, lightening, make-up and similar effects. He could have been completely successful. He was close enough, but he was not.
On the other hand, this close distance to perfection might be the detail leading us to admire how perfect Scorcese's work can be. In spite of Di Caprio, a masterpiece.»
Acontece que, desta vez, Scorcese foi eficaz a resolver o problema: disfarçado de protagonista, Di Caprio é, na prática, apenas o pretexto para contar a história, uma personagem básica, com um objectivo mas sem grandes dilemas. E ele safa-se muito bem na coisa.
O protagonismo acaba por ficar nas mãos de Daniel Day-Lewis e Scorcese consegue - com a inclusão do 'artista' e mais uma vez com mão de mestre - resolver aquilo a que podemos chamar um verdadeiro 'cu de boi' na actualidade: o financiamento da produção do grande cinema de autor.
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Acabei de ver «Gangs of New York» e não pode deixar de me vir à memória um trabalho que fiz num curso de Língua Inglesa, há alguns anos, em que nos foi proposta a redacção de uma crítica de cinema, por acaso uns dias depois de eu ter visto «Aviador»:
«The weird thing about this film is that it makes us travel along a few years of Howard Hughes' life guided by an absolutely brilliant eye – Scorcese's awkward art for showing genius and insinuating insanity is totally perceived only towards the end – with the constant opposition of the actor in the leading role, as Di Caprio is unable to reveal enough intensity to be convincing playing such a troubled mind.
Aware of what he was dealing with, Scorcese did a very good job trying to hide Di Caprio's lack of hability behind camera movements, lightening, make-up and similar effects. He could have been completely successful. He was close enough, but he was not.
On the other hand, this close distance to perfection might be the detail leading us to admire how perfect Scorcese's work can be. In spite of Di Caprio, a masterpiece.»
Acontece que, desta vez, Scorcese foi eficaz a resolver o problema: disfarçado de protagonista, Di Caprio é, na prática, apenas o pretexto para contar a história, uma personagem básica, com um objectivo mas sem grandes dilemas. E ele safa-se muito bem na coisa.
O protagonismo acaba por ficar nas mãos de Daniel Day-Lewis e Scorcese consegue - com a inclusão do 'artista' e mais uma vez com mão de mestre - resolver aquilo a que podemos chamar um verdadeiro 'cu de boi' na actualidade: o financiamento da produção do grande cinema de autor.
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24.1.08
cinefilias
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Catalogar todos os filmes vistos ao longo de seis décadas e meia é coisa de que nunca me lembraria, mas foi o que resolveu fazer o autor de 65 anos de cinema, que desde 1943 mantém esse registo.
Eu diverti-me a passear por entre os títulos e resolvi escolher não propriamente os melhores, mas aqueles que, à altura em que os vi pela primeira vez, deixaram impressão mais forte.
Para a lista estar completa faltariam três ou quatro, mas não integram os 2961 filmes indexados.
Assim sendo, e por ordem cronológica de visionamento:
Catalogar todos os filmes vistos ao longo de seis décadas e meia é coisa de que nunca me lembraria, mas foi o que resolveu fazer o autor de 65 anos de cinema, que desde 1943 mantém esse registo.
Eu diverti-me a passear por entre os títulos e resolvi escolher não propriamente os melhores, mas aqueles que, à altura em que os vi pela primeira vez, deixaram impressão mais forte.
Para a lista estar completa faltariam três ou quatro, mas não integram os 2961 filmes indexados.
Assim sendo, e por ordem cronológica de visionamento:
Teria 10 ou 11 anos... perturbante!
Cá por casa, o único filme que alguma vez foi alvo de censura: tive que o ir ver às escondidas...
Fui vê-lo outra vez no dia seguinte...
O melhor de Lynch. Tenho dito.
Um filme meio onírico que me deixou bem-disposta por muito tempo...

Um grande clássico. E Richard Burton, um dos meus actores preferidos.
Outro clássico.
Um grande filme a que quase ninguém ligou nenhuma....
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