1. Ver jornalistas chamar estórias às histórias que têm em mãos não deixa de ser elucidativo quanto ao conceito que têm da profissão e quanto ao grau de fiabilidade da Imprensa que por cá temos.
2. Ver tanto regozijo nos quase 250 comentários ao post que anonimamente denuncia o alegado plágio* de Miguel Sousa Tavares em «Equador» é no mínimo curioso (gostei particularmente do de 'Clara Pinto Correia'...). O autor do romance diz tratar-se de factos históricos. A ser assim, pode a História ser plagiada?
In dubio, pro reu - a matéria exposta não é suficiente para me convencer do crime.
3. Todos os anonimatos são detestáveis. Desresponsabilizam. Foram sempre uma das armas dos regimes totalitaristas.
Uma assinatura não tem que ser um bilhete de identidade, mas, mesmo inventada, é uma referência que permite nomear as coisas. (Por isso mesmo este blog não aceita comentários sem nome.)
Acrescento à meia-noite:
4. As más intenções anónimas permitem quase tudo, como muito bem demonstra o Blasfémias.
*Acrescento em 30.out.2006:
Este endereço (freedomtocopy.blogspot.com) abre presentemente um blog com o título «Equador: Miguel Sousa Tavares» que se dedica à divulgação do romance, «uma obra considerada, unanimemente, de referência».
De referência? Unanimenente? Só se for nas vendas. Bem escrito, bem construído, gostei bastante de o ler. Mas, sem ser especialista, não me parece que traga algo de substancialmente novo nem no estilo, nem na estrutura, nem na forma como a estória evolui.
Só o futuro poderá aferir das referências que guardou. Até lá, tirem-me dessa unanimidade, por favor.
In dubio, pro reu - a matéria exposta não é suficiente para me convencer do crime.
3. Todos os anonimatos são detestáveis. Desresponsabilizam. Foram sempre uma das armas dos regimes totalitaristas.
Uma assinatura não tem que ser um bilhete de identidade, mas, mesmo inventada, é uma referência que permite nomear as coisas. (Por isso mesmo este blog não aceita comentários sem nome.)
Acrescento à meia-noite:
4. As más intenções anónimas permitem quase tudo, como muito bem demonstra o Blasfémias.
*Acrescento em 30.out.2006:
Este endereço (freedomtocopy.blogspot.com) abre presentemente um blog com o título «Equador: Miguel Sousa Tavares» que se dedica à divulgação do romance, «uma obra considerada, unanimemente, de referência».
De referência? Unanimenente? Só se for nas vendas. Bem escrito, bem construído, gostei bastante de o ler. Mas, sem ser especialista, não me parece que traga algo de substancialmente novo nem no estilo, nem na estrutura, nem na forma como a estória evolui.
Só o futuro poderá aferir das referências que guardou. Até lá, tirem-me dessa unanimidade, por favor.
2 comentários:
Concordo plenamente consigo. O Miguel não é pessoa para plagiar. Tem criatividade suficiente. Tem a quem sair.
Concordo também com o que acaba de escrever. Qualquer possível razão que se possa ter na crítica, na denúncia ou na opinião é perdida quando se recorre ao anonimato.
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