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18.5.09

& então viva o socialismo!

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Não sei se gosto mais da história de baixar o IMI em 20% ou se das acções de pré-campanha:


Narciso igual a si próprio, «socialista no coração».

Por estes lados, os tempos que se avizinham prometem ser divertidos...
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11.4.09

mais um ciclo de cinema?

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É um tasco mesmo tasco, casa antiga com nova gerência. Já tinha congregado a clientela dos estabelecimentos similares que foram fechando pela zona, agora juntaram-se-lhes grandes figuras.

Passei por lá um destes dias, coisa de beber um café de regresso a casa e cumprimentar o patrão, amigo de infância. Foi um erro de cálculo, embora previsível. Só consegui vir embora, já um tanto oscilante, ao fim de meia-dúzia de cervejas, a noite foi uma sucessão de rodadas que vinham parar à mesa sem se saber bem de onde.

A ganapada? Imagine-se um tasco que congrega a fina flor da malandragem da Cruz de Pau, da Biquinha, e da doca.

Ao que parece, Chicago está a morrer. Inaugura-se a era de Las Vegas, Cruz de Pau City.
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19.3.09

para acabar de vez com os pendentes

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(Digamos que este calor fora de época, presentemente, também tem culpa: fica-se a cabeça pelos serviços mínimos, e ainda assim...)

Houve, durante estas semanas, momentos em que me disse: isto tenho que contar. Uns passaram-me entretanto da ideia, mas dois ou três regressam a cada vez que penso num post. Para resolver de vez a questão, aqui ficam:

Em Chicago, uma caldeirada pela mão de quem as fazia em pleno mar, na faina. Entre os convivas, um romeno renitente, diz que peixe não, não gosta. Mas prova, come, repete, lambuza-se depois com o arroz que se faz na calda. «E não gostavas de peixe?», estranho. Ele olha para os restos de raia, ruivo, pargo e sei lá que mais que repousam no prato e responde: «Mas isto não sabe a peixe!» Mais tarde há-de rematar a refeição com um copo de leite simples muito quente.


Estádio do Mar, Leixões-Belenenses. A cada cinco anos, mais ou menos, dá-me para ir ao futebol. Mas nunca tinha sido com convite de claque e lugar guardado bem no centro. Por duas horas, a sensação de mergulhar numa dessas moles de gente alvo de estudos e documentários que às vezes vemos na tv.


Segurança Social, Matosinhos. Uma manhã e meia tarde de filas. No monitor, a SSTV, o canal interno. Informações, passatempos, curiosidades tipo «amor em várias línguas», a lenda de S. Valentim e o significado das cores das rosas, quando se oferecem. A não perder.
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17.10.08

no coração da cidade

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Bem lá no centro, em Chicago, também não gostam dos separadores da Av. Serpa Pinto. É que dificultam muito a vida a quem evita cruzar-se com os carros da polícia...
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31.8.08

o mamarracho

aCooperativa das 7 Bicas e edifício Sonae, Senhora da Hora
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6.7.08

é uma alegria!

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A Queima é pior, dura uma semana inteira. Mas o festival da Super Bock não é menos barulhento.

A poluição sonora que na gestão de Rui Rio se instalou nesta zona é um absurdo. Já levávamos com os pinguins, depois vieram as corridas, agora os festivais...

[Valeram os ZZ Top. Pelo menos pela janela, um concerto excelente.]
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2.6.08

downtown

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Os pescadores patrulham a lota. Os polícias vigiam o patrulhamento dos pescadores. Os malandros guardam algum recato, à espera que passe o movimento. Assim anda Chicago* por estes dias.

*Chicago é uma designação local para a área que medeia entre a Docapesca e o mercado, aproximadamente, aquele enclave junto ao porto onde desde sempre se concentram as actividades paralelas da economia cá do burgo.
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23.5.08

bairro negro

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Nas proximidades, resta um bairro de lata - já foram quase uma dezena. O que vou dizer não é simpático, mas é verdade: a maioria dos habitantes distingue-se pelo cheiro. Não há nem condições mínimas de salubridade, nem noções básicas de higiene. As crianças são enfezadas e têm os dentes podres. Os adultos não têm dentes.

A última tendência? Pintar madeixas loiras nos cabelos... das crianças. Meninas pequenas precocemente travestidas, quase sempre com futuro incerto pelo longo passeio da avenida. Morrem cedo, todas elas.

Imagine-se uma realidade em que cerca de 80% dos pais e mães das crianças do 1º ciclo são alcoólicos. É mais ou menos o que se passa aqui. E já foi pior: há uns anos alargava-se a muito mais gente.
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14.5.08

mais um condomínio de luxo

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Será que os promotores imobiliários se vão lembrar de dizer que o queimódromo fica em frente?
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6.5.08

ia eu à romaria...

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Ia eu fazer o costumeiro passeio inaugural à romaria, aquele primeiro cheiro. Mas a festa já não cheira. O Senhor de Matosinhos virou fino.

Ia eu fotografar para a romaria, só que a festa não tem cor. Diz que a feira é popular, mas uma fila de barraquinhas assépticas encarreiradas na placa central da avenida lembra mais a Exponor. Ainda por cima cheias de artesanato já mais que visto.

Os africanos desapareceram das barracas. Os centro-americanos também. [Lá terei que arranjar outro sítio onde comprar as magníficas túnicas senegalesas que ali encontrava quase sempre, mas também devia ser o único com material de jeito...]

Ordenaram a festa como um moderno shopping. As zonas de alimentação estão implacavelmente delimitadas, uma na passagem da área da feira para a das diversões, em corredor duplo. Jantar ali deve ser um prazer...

Ainda não fui mais adiante - o resto está agora muito longe do centro, estende-se para oriente. Já não dá para ir «ao Senhor de Matosinhos», começa a ter que se dividir por sectores...
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5.5.08

ainda os pinguins

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Umas pistolas de paint-ball do cimo dos prédios fronteiros...

Aceitam-se voluntários para formar brigadas.
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4.5.08

a inenarrável migração anual dos pinguins

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É a semana da migração anual dos pinguins. Vêm em bandos. Invadem tudo. Tecnicamente, a festa académica do Porto. Factualmente, uma semana de horror para os habitantes da parte sul de Matosinhos.

A um quilómetro de distância não se consegue dormir. Se não levantar vento leste, a próxima semana vai ser toda assim: vou ouvir os concertos, os aplausos, os agradecimentos como se tivesse um carro com o rádio no máximo estacionado debaixo da janela. Até às tantas da madrugada. Todos os dias.

Mais junto ao recinto, é um inferno. Quem pode tira férias, sai de casa por uns dias. Quem não pode tenta de tudo para não dar em tolo, mas dizem que nem tapar as janelas com colchões faz grande efeito. Um desespero.

Quando é que se lembram de os tirar daqui?
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26.4.08

goodfellas

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«É, meu irmão, eu juro, eram nove e meia e estava inocente para a vida, foi a chavala, tás a ver, a catraia acordou-me «Pai, quero ir ao parque», tás a ver, juro que estava inocente para a vida, e não é que estamos no parque e encontro um gajo, vem o man, meu, e diz «vai ao quarto-de-banho que estão lá uns comunicados*» e tal, tás a ver, foda-se, às onze já estava cego, tou-te a dizer, meu irmão, não via nada, tive que apanhar uma tarifa** do parque ao Bairro dos Pescadores***».

*comunicados (panfletos, pacotes): embalagens de cocaína, neste caso
** tarifa: táxi
***distância: cerca de 500 metros

Estávamos três à mesa em amena cavaqueira. Chega um catraio, senta-se, manda servir uma rodada. Repete a história três ou quatro vezes, sem pausas, a cem à hora. Acaba a cerveja e vai embora. Atrás de negócios e de mais comunicados, possivelmente. Uma vez perdida a inocência...

Há muitos anos que não embalava numa noite de copos pelo underground matosinhense, mas às vezes calha. Lamento não ser possível sacar de bloco de apontamentos, de máquina de filmar, de qualquer coisa... digamos que esta foi só uma das inúmeras cenas de filme a que assisti em algumas horas.
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14.4.08

urbanidades

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Mais um apontamento do percurso a céu aberto do ribeiro da Riguinha. Foi anunciado há tempos um plano para a criação de uma continuidade de espaço verde entre o Parque da Cidade e as imediações do Norteshopping.



Parque de Real, entre a Cruz de Pau e a Biquinha - Set.2007


O agradável, nesta concepção, é ver que o verde não se organiza em ilhas, mas integra os viveres quotidianos da cidade. A contrapartida serão os alucinantes aumentos do IMI, mas acho que todos temos que reconhecer que a qualidade do espaço urbano tem um preço.
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27.3.08

não contem a muita gente...

aMatosinhos, Fev. 2008

Uma das coisas de que mais gosto nas cidades são os seus pequenos lugares secretos.
Este é em pleno centro de Matosinhos, a 50 metros não é fácil encontrar estacionamento. E não é nenhuma florista, mas um simples particular à conquista de espaço para um jardim.

São raros os centros históricos de grandes cidades que resistem à invasão do comércio e da restauração, acompanhando a horda de turistas. Aqui mantém-se a alma, algumas pequenas hortas, os modos de vida. E pelos vistos ninguém se incomoda com umas dezenas de plantas a ocupar o lugar onde caberiam dois automóveis.
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26.2.08

nem sempre é para pior...

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Tinha que estar para vir alguma coisa: há algumas semanas, subitamente, desapareceram os contentores que há alguns anos alojavam a família da D. Ivone.
Soube-se agora que há um plano de urbanização para a área a poente do Estádio do Mar.

A Cruz de Pau continua a diluir-se na malha urbana. Boas notícias. A integração social só se consegue com a mistura, e a dinâmica do processo tem sido interessante.
Há 30 anos, era um bairro onde se passava fome; ao lado, uma urbanização de luxo emergente. Agora é um todo heterogéneo e alargado - habitação social, classe média, alta burguesia. Criou-se comércio, criaram-se empregos, criou-se vida.

(Quanto ao impacte ambiental da nova estrutura rodoviária, seria bom que se estudasse igualmente o que é provocado pelo insuficiente acesso à rede de auto-estradas a partir do centro da cidade. Só assim se poderia avaliar devidamente.)
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25.2.08

instantes

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Porto de Leixões, esta tarde
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20.2.08

narcísico?

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Muitas vezes tenho a sensação de que o verdadeiro problema de Narciso Miranda não é uma questão de protagonismo, mas a necessidade de conseguir algum controlo dentro do aparelho.
Há uns anos, li que ia ser investigada a construção de vários bairros de habitação cooperativa no concelho, mas nunca mais soube nada do assunto. Se eventualmente houver motivo para, desta ou de qualquer outra investigação, se extrair matéria de processo criminal, o homem arrisca vir a ser o bombo da festa da pseudo-moralidade das hostes socialistas. (E o jeito que não lhes faria...)

Narciso pôs a pata na poça? Possivelmente. Mas Matosinhos, neste aspecto, não terá sido excepção ao contexto geral do país. A corrupção, em Portugal, é uma questão de sistemas, não é só uma questão de sujeitos.
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16.2.08

inverno sem chuva

aSenhora da Hora, Fev. 2007

De vez em quando, é permitido às magnólias revelarem inteiramente o seu esplendor. Estão magníficas!
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